Comércio da Castelo Branco se divide entre as melhorias feitas pela prefeitura e problemas econômicos ou de violência. Bem abastecida de postos médicos e linhas de ônibus, a região sente falta de policiamento e de estabilidade econômica
Fabrício Furlan Innocencio
Lucas Altimari Piccolo
Samir Bueno Abdalla

Placa no início da avenida Castelo Branco (Foto: Samir Abdalla)
O comércio popular é atividade notória da avenida Castelo Branco, via importantíssima de Bauru, que corta a Vila Independência. Quem passa por lá nota o grande movimento de carros e ônibus, o que favorece em muito a atividade comercial da área. Para acompanhar o desenvolvimento comercial das proximidades, a prefeitura vem investindo em melhorias na saúde e nos transportes públicos.

Em horários de pico, esse trecho está sempre congestionado (Foto: Samir Abdalla)
Logo no começo, encontra-se a bicicletaria Bike Sport, do experiente Amauri, 61 anos. O estabelecimento é muito conhecido por toda a redondeza, devido às suas “bicicletas diferenciadas”, como define o próprio Amauri. Há mais de vinte anos situada no começo da avenida Castelo Branco, a bicicletaria é a única do tipo que mantém as portas abertas já há bastante tempo.

Uma das "modificações" de Amauri (Foto: Samir Abdalla)
Diferentemente da bicicletaria, os outros comércios da avenida enfrentam queda nas vendas: “É assim mesmo. Mexe no bolso do consumidor, ele vai procurar o medicamento mais barato, deixa de comprar outros…”, reflete Ramiro, 38 anos, dono de uma farmácia. Assim como ele, Cristina, proprietária da padaria Pan Belle há 24 anos, fala sobre a queda nas vendas. Ao ser perguntada sobre a situação atual, responde: “É a Dilminha, né? Porque se aumenta o preço da farinha, tudo fica mais caro, e o pessoal compra menos”. “A última vez que vivemos algo assim foi com o Collor”, lembra Cristina.
Além da queda nas vendas, os proprietários reclamam da falta de policiamento na região. O número de assaltos vem crescendo muito. Segundo os comerciantes, as rondas policiais são escassas, o que abre espaço para os criminosos atuarem. Tanto Ramiro quanto Cristina se veem obrigados a investir em segurança privada. Miriam, 46 anos, funcionária da loja de peixes e animais marinhos Aquamundi, afirma que o estabelecimento já fora assaltado durante uma madrugada.

Peixes em um aquário da AquaMundi (Foto: Samir Abdalla)
Mesmo com os problemas enfrentados pelo comércio, a avenida Castelo Branco se mantém forte nessa atividade. A proximidade com o centro da cidade é fator positivo, como considera Ivo, 61 anos, dono da Companhia dos Pisos, e os investimentos públicos são reconhecidos pelos proprietários. É notável a melhoria nos serviços de saúde e na infraestrutura do bairro. A Unidade de Pronto Atendimento, inaugurada há alguns anos, é muito elogiada pelos moradores. “Hoje em dia está muito melhor. Há uns três anos, eu não diria isso”, avalia Miriam.
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